Gestão Escolar

O que é geomarketing? Saiba tudo sobre essa estratégia!

Sep 17, 2018

Empresas de todas as áreas usam várias informações para segmentar seus públicos — da faixa etária ao gênero, passando pela classe social. O fato é que novas informações surgiram e algumas são valiosíssimas, como a localização das pessoas. Você sabe o que é geomarketing? Ele tem tudo a ver com isso!

O Brasil tem mais de 116 milhões de pessoas conectadas à internet — o que representa 64,7% da população. Por aqui, o smartphone superou o computador como terminal de acesso à web. E cada dispositivo conectado tem um endereço de IP, que revela a localização — além de alguns terem GPS.

Por meio dessa informação são gerados dados que revelam comportamentos, interesses e preferências — algo muito útil para qualquer marca que deseja compreender seu público e melhorar suas campanhas de marketing. Continue a leitura e saiba tudo sobre geomarketing.

O que é geomarketing?

O geomarketing consiste em toda estratégia que contemple inteligência sobre a localização das pessoas. Seu objetivo é otimizar as campanhas de marketing e impactar o consumidor de forma precisa — no lugar e no tempo certo. Antigamente, esse conceito era mais limitado.

Ele descrevia as estratégias que as empresas usavam para analisar as características do público de uma determinada região. O intuito era saber se eles tinham o perfil ideal para consumir os produtos e serviços de um novo estabelecimento comercial.

Com o tempo e a evolução da tecnologia, a localização das pessoas se transformou em algo maior e mais precioso. E um dos fatores que contribuiu muito com isso foi o smartphone, que deixou de ser aquele aparelho usado para fazer ligações e se transformou em um verdadeiro dispositivo multiuso.

O smartphone revela muito sobre o comportamento de cada indivíduo. Por mais que não seja intencional, você revela a sua localização a todo instante — do momento no qual aceita compartilhá-la com um aplicativo ao check-in feito no Facebook, Instagram ou Swarm.

Pois é, até mesmo aquela foto das suas últimas férias na qual você marcou a localização da praia, hotel ou restaurante revelou um pouco mais sobre seus gostos. E isso pode parecer banal, mas não é. Basta olhar para o passado e ver como as empresas sabiam muito pouco sobre as pessoas.

Na juventude dos seus pais e avós não havia tantas opções na hora de comprar um calçado ou até mesmo um caderno escolar. Era aquele e pronto! Quando desejavam pagar menos, precisavam se deslocar entre as lojas do centro da cidade. Mesmo assim, eles não sabiam onde todas ficavam.

Por esse motivo, no passado, as empresas acabavam ofertando produtos relativamente parecidos. Para criá-los, elas não tinham uma base rica de informações que apresentavam todas as necessidades e expectativas dos seus consumidores.

A chegada de uma era mais tecnológica mudou isso. E mesmo você, diretor de escola, sabe disso. Na hora de comprar os insumos necessários para a sua instituição, você não precisa mais ir de loja em loja para saber qual delas tem o melhor custo-benefício. Às vezes, basta enviar um e-mail com a relação.

Uma rápida pesquisa no Google, por exemplo, revela quais são as papelarias e distribuidoras que se encontram ao seu redor. Você também pode ampliar a pesquisa e buscar em outros lugares e regiões — afinal, há lojas on-line que entregam na sua região. Perceba como tudo ficou mais fácil para você.

Contudo, essa melhoria para as pessoas fez com que as empresas tivessem que se adaptar. O consumidor mudou e passou a ficar mais exigente. Com a facilidade que a tecnologia apresenta, subiu o nível de exigência das pessoas e elas começaram a desejar produtos e serviços cada vez mais personalizados.

Sendo assim, as empresas começaram a conhecer melhor seus consumidores. Além de pesquisas de satisfação, a localização fornecida por dispositivos conectados à internet revelou bastante sobre o comportamento das pessoas. E isso se transformou em geomarketing.

Qual a importância que ele possui na gestão escolar?

A localização dos alunos da sua escola pode revelar muitas informações importantes — e não estamos falando sobre segui-los ou ver onde se encontram em tempo real. De posse dos endereços de todos, um profissional de marketing consegue tirar algumas inferências, que podem se transformar em soluções.

A alta taxa de atraso, por exemplo, pode revelar problemas no trânsito da região ou no deslocamento dos alunos. Notar que uma parcela considerável deles se encontra em um determinado bairro pode sugerir que seria útil a criação de uma linha de transporte escolar — uma facilidade para os pais.

Essa mesma informação pode ser utilizada para direcionar uma campanha de marketing de matrícula ou rematrícula, já que a adesão de alunos naquela região é maior. Desse modo, o marketing deixa de ser feito de maneira intuitiva — quando se considerava que um outdoor em determinada região seria melhor do que em outra.

Com o geomarketing na sua gestão escolar, outras ações perdem o sentido. Faixas e panfletos na região da instituição podem não ser tão eficazes, assim como as parcerias com as escolas dos ciclos anteriores. Isso significa que até os seus gastos passam a ser otimizados.

Em qualquer instituição, inclusive a de ensino, a ausência de dados concretos prejudica o orçamento. Toda e qualquer ação precisa ser embasada em algo factível, para que faça sentido. Felizmente, a tecnologia permitiu que a existência de ações mais eficazes — baseadas em dados seguros.

Você tem à disposição muitos dados que podem ser utilizados na atração e retenção de alunos, do ponto de vista estratégico ao político-pedagógico. Eles permitem conhecer melhor a concorrência, saber quais são os bairros que têm maior potencial, a faixa de renda das famílias e os diferenciais da sua instituição.

Por meio de uma estratégia de geomarketing, você consegue distribuir espacialmente as unidades da escola em um mapa e cruzar esse dado com a localização das concorrentes e dos seus alunos. Experimente filtrar os alunos que saíram e identifique para qual escola eles vão.

Isso revela mais informações, como o volume de alunos por série que saem da sua instituição. É possível também saber qual é a participação da sua instituição por bairro ou região da cidade, bem como a quantidade média de quilômetros percorridos pelos alunos para que estudem na sua escola.

Com esse dado, você descobre quais são os bairros que têm maior potencial de captação, aqueles que têm menos ofertas de concorrentes e, com o auxílio de pesquisas, visualizar as regiões que têm mais crianças e jovens em idade escolar que podem estudar na sua instituição.

Um cruzamento dessas informações com a renda média de um bairro aponta se ele tem potencial ou não para você investir em uma campanha de matrícula ou até mesmo abrir uma nova unidade. Perceba que isso traz para sua instituição um maior poder de ganho e organização na gestão.

Até mesmo o transporte escolar, conforme citamos anteriormente, pode ser melhor organizado com a ajuda do geomarketing. Assim, sua verba é direcionada para as ações que realmente dão certo, bem com os canais de mídia e os meios de comunicação utilizados pelo perfil de público atendido pela instituição de ensino.

Como aplicar o geomarketing em minha escola?

Teoria e conceitos

O primeiro passo para você aplicar o geomarketing em sua escola é conhecer a teoria e os conceitos que envolvem essa estratégia. E isso você já encontra neste artigo. Com esse conhecimento, é possível entender como o geomarketing contribui positivamente com a sua gestão escolar.

Dados

O próximo passo envolve a captação e o uso de dados para obter as inferências que o geomarketing possibilita. Sem eles, sua estratégia não vai entregar os benefícios apresentados até aqui. Esses dados envolvem a geolocalização dos alunos e concorrentes, as áreas de influência e outros.

Além dos dados que você consegue captar diretamente com o seu público, é possível obter mais informações por meio de pesquisas como as do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O cruzamento delas garante ainda mais conclusões e possibilidades para você otimizar sua gestão.

Software

Outro passo importante para adotar a estratégia de geomarketing na sua gestão escolar é a escolha de um bom software. Ele ajuda a integrar todos os dados que você capturou, disponibilizando-os de forma organizada na tela do seu computador ou de um projetor — durante as reuniões com sua equipe.

Esses softwares são chamados pela sigla SIG, que significa Sistema de Informação Geográfica. Você encontra diversas opções de sistemas como esse no mercado, podendo escolher aquele que melhor atender suas demandas e o orçamento disponível. É importante também que ele se integre com o seu atual software de gestão escolar.

Métodos de análise

Conte com o apoio de um profissional que conheça os métodos de análise de geomarketing para iniciar esse trabalho na sua instituição de ensino. Ele tem a capacidade de identificar qual é o melhor para a sua escola, além de atender as necessidades que você apresentar.

Tomada de decisão

Para facilitar o desenvolvimento da estratégia de geomarketing na sua escola, prepare um relatório com os principais questionamentos feitos por você e sua equipe que levam à melhoria da gestão. Faça esse exercício a partir do seguinte questionamento: o que eu quero para a minha escola?

Quais as principais técnicas de geomarketing?

Geotargeting

Essa é uma das técnicas mais conhecidas de geomarketing e você, com certeza, já foi impactado por ela. No geotargeting, uma campanha pode ser programada para aparecer somente para as pessoas de uma determinada região — como a cidade em que moram ou o bairro no qual trabalham.

Para funcionar, a localização das pessoas precisa ser um dos principais fatores. Tomando como exemplo a sua realidade, uma campanha de geotargeting pode ser direcionada para aquela parcela da população que tem poder aquisitivo para matricular seus filhos na sua escola.

Depois de segmentar o público que você deseja alcançar, use plataformas de propaganda como Google Adwords e Facebook Ads. Elas coletam dados a partir do endereço de IP do público, que é o código individual que cada equipamento tem e deixa como rastro após navegar na web.

Nessas plataformas, você consegue direcionar sua campanha para um público segmentado por país, região, estado e cidade. Em alguns casos, principalmente nos grandes centros urbanos, é possível também segmentar por CEP, bairro e até raio de distância — ideal para a comunidade que vive nas redondezas da escola.

Site personalizado

Outra técnica de geomarketing é o site personalizado. Toda vez que você acessa um site que pergunta sua localização, ele deseja saber essa informação para fornecer conteúdo personalizado — feito sob medida para quem vive em determinados lugares.

Se a sua escola é bilíngue, por exemplo, perguntar a localização de um visitante que entra no site dela pode identificar o interesse de alguém que vai se mudar para o Brasil e deseja matricular seus filhos. Sabendo a localização, um programador deixa seu site pronto para exibi-lo em outro idioma — o mesmo do país do visitante.

O compartilhamento da localização é uma opção do usuário. Na caixa onde a pergunta é feita, deve aparecer as opções de aceitar e declinar o convite para compartilhar essa informação. E ainda é possível configurar o navegador para que ele jamais permita dividir essa informação com o seu site.

Sendo assim, nem sempre é possível obter a localização do visitante por esse meio. Para instalar um site personalizado, você precisa do apoio de um profissional que tem conhecimentos avançados em programação. Ele usará um API de geolocalização no código do site, possibilitando o funcionamento desse recurso.

Geofencing

A estratégia de geofencing oferece conteúdo em tempo real, baseando-se na movimentação registrada pelo GPS do dispositivo de cada usuário — que pode ser o tablet, smartphone ou notebook. Desse modo, quando o aparelho se conecta em uma área determinada pela sua escola, o usuário receba um conteúdo personalizado.

Esse conteúdo pode ser enviado por meio de uma notificação no smartphone, e-mail ou SMS. No caso da notificação, o negócio que usa essa estratégia precisa ter seu aplicativo instalado no aparelho ou uma parceria com algum outro app presente no smartphone do usuário.

O geofencing é visto comumente em determinados aplicativos da Google. O Waze, que apresenta as condições do trânsito em tempo real e sugere caminhos mais rápidos para motoristas, também apresenta negócios locais como postos de combustíveis, restaurantes e até estacionamentos.

Empresas têm o geofencing como uma maneira eficiente de atrair clientes. Quando um usuário está passando na região de alcance do negócio, uma notificação com um cupom de desconto serve de incentivo para que ele aproveite e passe por lá — potencializando as chances de fechar negócio.

Desse modo, para que o usuário receba seu conteúdo personalizado, é necessário primeiramente oferecer um aplicativo do seu negócio. Quando for feita a requisição de download, uma janela com autorizações solicita liberação para que o app tenha acesso à localização do usuário e o recebimento de notificações.

Com a autorização dada, o aplicativo fica apto para receber as comunicações personalizadas que você e sua equipe de marketing vão preparar. Durante o desenvolvimento do app, a área geográfica é determinada — bem como o conteúdo que será enviado. Por isso, seja criativo no momento de escolher o modo de falar com cada usuário!

Geotagging

Trata-se da marcação do local no qual o usuário se encontra, em uma publicação nas redes sociais. Esse é um recurso muito comum, presente em redes como o Twitter, Facebook, Swarm e Instagram. As pessoas gostam de demonstrar o lugar onde estão, porque é forma de compartilhar suas rotinas.

Festas, pontos turísticos, restaurantes e locais que realizam eventos são os favoritos entre o público que deseja demonstrar onde se encontra. Contudo, frequentadores assíduos de um determinado lugar também podem fazer publicações com a localização marcada. É o caso dos seus alunos.

Essas publicações agregam mais valor à escola, pois suas imagens e mensagens contribuem com as informações do local. Isso também facilita que outras pessoas descubram sua instituição de ensino — seja por uma imagem ou mensagem que chame atenção.

E não são somente os seus alunos que realizam posts com geotagging. Sua equipe de marketing também aproveita esse recurso quando divulgam eventos da escola, datas especiais e outras mensagens relacionadas com a instituição. Essa é uma maneira de divulgar espontaneamente a marca da sua escola.

Para aproveitar todos os benefícios do geotagging, você precisa contribuir com a ação do usuário. Isso significa que é necessário fazer uma varredura nas redes sociais para garantir que sua escola esteja com o perfil atualizado — nome, logo, descrição e localização.

Paralelamente, incentive as marcações nos posts feitos. Durante os eventos da sua escola, por exemplo, crie hashtags e peça para que as fotos marquem o perfil da escola nas redes sociais — facilitando a identificação da instituição. Já nas redes sociais, crie uma página como negócio local.

Especificamente para os eventos, o Facebook facilita a marcação da localização em posts. Quando o usuário confirma a presença nele, a rede social sugere automaticamente a opção de check-in no local cadastrado. Com essa facilidade, torna-se ainda mais prático divulgar espontaneamente sua escola.

Check-ins

Os check-ins têm bastante relação com a técnica de geotagging. E eles podem ser utilizados para oferecer uma oferta ou transmitir uma informação. Em uma ação que promove a rematrícula de alunos, por exemplo, quem faz o check-in nos dias determinados por sua equipe pode ganhar um desconto.

Outra maneira de usar os check-ins para interagir com seu público é por meio do envio de comunicações. O Swarm, rede social exclusiva de check-ins e que nasceu do Foursquare, permite isso. Ao dar check-in em um lugar, o usuário pode receber um anúncio relacionado com outro negócio — que pode estar, por exemplo, na mesma região na qual ele se encontra.

Muitos estabelecimentos comerciais também usam o check-in como forma de liberar o acesso à internet por Wi-fi — e o Facebook facilita isso! Como se trata de uma ação que parte do usuário, sua página no Facebook pode ser configurada com o roteador da escola ou de uma área específica para liberar o acesso daquele usuário que concordar compartilhar informações e fazer o check-in.

Não se esqueça de manter atualizadas as informações da sua instituição de ensino nas redes sociais, pois muitas pessoas que desconhecem a escola podem conhecê-la por meio do check-in. E quando todas as informações estão corretas, cria-se uma ponte firme entre a instituição e o público.

Geofiltros

Por fim, temos os geofiltros. Essa técnica de geomarketing foi introduzida pelo Snapchat, a famosa rede social de vídeos e fotos que apagam depois de 24h publicadas. Eles são aqueles filtros bonitos que as pessoas aplicam e que, dependendo do modelo, pode ser clicável e mostrar a localização dela.

O Instagram, por exemplo, é conhecido por seus geofiltros disponíveis na ferramenta Stories. Locais importantes, como o Aeroporto de Congonhas e o Parque Ibirapuera (ambos em São Paulo/SP), têm seus próprios geofiltros. Eles são disponibilizados quando o aplicativo identifica a localização do usuário — que ocorre por meio do GPS.

E você sabia que a sua escola pode criar o próprio geofiltro? O Snapchat, por exemplo, liberou em 206 a ferramenta de filtros sob demanda para o nosso país. O valor de um geofiltro depende de alguns fatores, como a duração dele. Por 5 dólares e, com a aprovação do aplicativo, ele fica disponível por 1 hora em uma área de 19m².

Perceba que o geomarketing oferece muitas soluções para o seu negócio. Contudo, todas convergem para a atração e retenção de alunos, reforçando a imagem da escola na região de sua atuação. E como essas soluções fazem parte de um conjunto maior que é o marketing digital, elas têm custos menores e, ao mesmo tempo, precisão para alcançar os resultados que você deseja.

Agora que você sabe o que é geomarketing, inclua algumas técnicas que compõem essa estratégia no seu planejamento escolar para aumentar o alcance da sua instituição de ensino em regiões com potencial. Faça os cruzamentos possíveis entre os dados capturáveis e use as inferências para inovar.

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