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Vale a pena adotar a avaliação de professores na minha escola?

24 de julho de 2018
6 minutos

Manter a qualidade do ensino deve ser uma preocupação constante de todo gestor escolar. Uma equipe docente bem preparada ajuda a formar jovens também preparados para o mercado de trabalho. E uma boa prática para manter esse controle é a avaliação de professores.

Há quem acredite que, uma vez avaliado na contratação, o professor estará apto para lecionar por quantos anos permanecer na escola. Entretanto, existem vários aspectos que contribuem para que um professor possa ser considerado bom ou ruim.

Qual é a importância da avaliação de professores?

Embora não se possa atribuir o sucesso ou insucesso do aluno exclusivamente ao professor, é inegável que ele é peça fundamental nesse quebra-cabeça. É ele que está com o aluno em sala de aula, transmitindo conhecimentos e tirando dúvidas, sem contar que, além do conteúdo escolar, ele também ajuda na construção da cidadania.

Entretanto, nem sempre uma avaliação ruim da parte dos alunos e/ou pais deve ser “colocada na conta” somente do professor. A avaliação deve ser completa, visto que o ambiente de trabalho também tem influências diretas sobre os resultados.

Profissionais desmotivados tendem a ser menos produtivos, qualquer que seja a área de atuação e, portanto, se os resultados estão abaixo do esperado, além das aptidões técnicas, você deve, também, avaliar o nível de satisfação dos seus funcionários. Muitas vezes, pequenas medidas tomadas pelas lideranças sanam problemas de ensino. Nem sempre é necessário renovar o corpo docente. É por isso que o bom senso nas avaliações é fundamental.

Com esses cuidados, é possível manter uma boa política de ensino que, além de garantir maior satisfação de pais e alunos, ainda influenciará positivamente a vida profissional daqueles que optam por estudar em sua instituição.

Que tipos de avaliação podem ser feitas?

Quando o assunto é avaliação de professores, podemos dizer que não contamos com um padrão preestabelecido. Em tese, não existe fórmula correta para fazê-lo. Mas o fato é que ela não é uma exclusividade brasileira, ocorrendo em diversos países do mundo.

Na França, por exemplo, a própria equipe pedagógica da escola em questão faz as avaliações. Na Inglaterra, a avaliação fica por conta da direção da escola e também há os avaliadores externos. Em Portugal, os professores revezam para avaliar uns aos outros. E até hoje não há um consenso sobre qual é o método ideal, aquele que costuma trazer resultados mais precisos.

Em termos gerais, existem dois modelos que costumam ser mais utilizados: a supervisão clínica e a avaliação sumária. No primeiro, parte-se do princípio de que o desempenho sempre pode ser melhorado. É por isso que essa avaliação acontece de forma contínua. Nesse caso, uma reunião é realizada e os avaliadores assistem a uma aula do professor na data preestabelecida. Após o evento, uma nova reunião é realizada e o relatório da avaliação emitido é enviado ao professor e ao empregador.

No segundo, a avaliação não pode ser considerada contínua, já que ocorre por determinado período de tempo. Nesse caso, supervisores e diretores assistem às aulas em dias aleatórios, sem prévio aviso. Mas isso costuma ocorrer somente quando há possibilidade de promoção ou demissão, não se trata de um acompanhamento de rotina.

Que modelo devo adotar, então?

Podemos afirmar que todo modelo de avaliação tem seus pontos positivos e negativos. Entretanto, independentemente de qual seja o modelo escolhido, é necessário haver transparência nos objetivos, para que os professores sintam-se seguros ao serem avaliados.

Independentemente de os avaliadores serem agentes externos ou funcionários da própria escola, eles devem ser bem treinados para desempenhar com êxito a sua função. Antes de pensar em escolher a metodologia aplicada, é importante priorizar uma avaliação justa e funcional do seu quadro docente para que os resultados sejam condizentes com a realidade.

Um outro erro cometido por algumas instituições é avaliar o professor sob um único aspecto. Algumas levam em conta somente o plano de aula. Outras superestimam as habilidades didáticas. É claro que cada administrador tem suas prioridades, mas negligenciar aspectos que fazem parte do conjunto pode ser uma atitude perigosa.

Além disso, a autoavaliação pode ser uma boa pedida, visto que ela proporciona momentos de reflexão aos profissionais. A partir daí, pontos em comum, com suas respectivas propostas de melhoria, podem ser discutidos. Entretanto, é importante lembrar que esse modelo não substitui as avaliações oficiais, feitas por agentes designados.

Como aplicar na prática a avaliação de professores?

Na prática, você deve avaliar seu corpo docente sob alguns aspectos básicos, que fazem toda a diferença em seus resultados em sala de aula. Assiduidade às aulas e reuniões, pontualidade, estratégias didáticas, comprometimento, gestão de sala de aula e habilidades de comunicação interpessoal, seja com alunos, pais ou coordenação, são nuances que não podem ser desconsideradas na hora de avaliar.

Além disso, a eficiência dos professores pode ser medida, em parte, pela avaliação do desempenho dos alunos. Entretanto, caso você utilize também esse tipo de avaliação, é necessário ter cautela, já que nem sempre todos os alunos da instituição possuíam os mesmos níveis de conhecimentos prévios.

O que fazer após a avaliação?

De nada adianta constatar dados relevantes na avaliação se eles serão simplesmente engavetados após o término do processo. Portanto, é importante que se siga um período de aplicação de estratégias e decisões, que vão garantir a solução de situações que não condizem com a realidade esperada pela instituição.

A avaliação de professores deve ser apenas um dos degraus a serem galgados para o aprimoramento do ensino. É necessário ter um plano para colocar em prática após a avaliação. Sendo assim, o feedback para o profissional é fundamental. Ele precisa saber quais aspectos devem ser melhorados em seu desempenho.

Além disso, oferecer palestras, oficinas e treinamentos ajuda a alinhar os objetivos da instituição com a atuação dos profissionais. Muitas vezes, existe um desencontro de informações por falhas na comunicação que poderiam ser facilmente solucionadas com um pouco de empenho de ambas as partes.

Como se pode ver, a avaliação de professores é parte fundamental do processo de conservação da qualidade da instituição de ensino, seja ela pública ou particular.

E você? Já aplica algum tipo de avaliação a seus docentes? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe conosco. Aproveite para nos seguir nas redes sociais e receber outros conteúdos educacionais em primeira mão!

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