Cada um de nós nasce com uma determinada personalidade e temperamento. Há pessoas que possuem um certo grau de timidez, extroversão ou algo entre estas duas características. É claro que, a partir do momento em que crescemos, este traço, a princípio dominante, passa a ser apenas mais um fator em nosso comportamento, que torna-se mais complexo do ponto de vista psicológico. Algumas pessoas conseguem deixar de ser muito tímidas, porém outras não.
Mas quando é que a timidez passa a ser não apenas uma característica, e sim um problema?
A timidez constante
Há crianças que são tímidas em quase todas as situações, tendo dificuldade quase sempre ou sempre de se comunicar com qualquer outra pessoa.
A timidez prejudicar sua vida
É preocupante quando se verifica que a timidez da criança interfere em sua habilidade de aprendizagem, na capacidade de estabelecer relacionamentos, de demonstrar seus interesses e de possuir uma autoestima positiva.
A timidez não pode ser vencida
As crianças excessivamente tímidas não conseguem controlar sua timidez, antes sendo reféns dela.
Recusar-se a participar de atividades em grupo
Crianças que evitam atividades nas quais precisam se expor, como peças teatrais, jograis ou danças, e que não conseguem desenvolver atividades em nenhum tipo em grupo.
Não querer ficar sem os pais
Algumas crianças apresentam relutância em ficar sem os pais, mesmo já estando a um tempo considerável na escola.
O principal traço que precisa ser verificado é se a criança apresenta o mesmo comportamento tímido em várias situações diferentes, ou se sente medo ou pânico diante de situações que exijam exposição. Um alto grau de timidez como o descrito acima pode ser indício de ansiedade social, cujos sintomas são:
- Sentir uma grande ansiedade e nervosismo diante de situações nas quais a criança sinta-se exposta, e tema ser considerada inadequada ou ser ridicularizada por alguém;
- Quando adolescente ou adulto, temer apresentações de quaisquer tipos, seja no convívio social ou no ambiente profissional;
- Sentir-se totalmente incapaz de falar em público.
- Sentir sintomas como pânico, sudorese, tonturas e palpitações ao ter que se expor.
Conclusão
Como podemos perceber, a ansiedade social pode transformar situações corriqueiras em verdadeiros desafios para quem a possui, como apresentar-se a alguém, expor opiniões e ideias, pedir informações. Caso seu aluno apresente estas características, então o ideal é conversar com os pais, a fim de que eles ajudem seu filho no encaminhamento a um psicólogo. A terapia comportamental pode ajudar grandemente ao aluno, no intuito dele perceber que seus medos não são justificáveis e que as situações que ele considera constrangedoras representam um problema apenas em sua mente. Aos poucos e com o auxílio dos pais e do terapeuta, o aluno paulatinamente começa a fazer seus pequenos e muito valiosos progressos, e passa a saber enfrentar as situações antes impossíveis de uma forma natural.
É muito importante salientar que a timidez não é culpa da pessoa que a tem, e que a cada vez que se reitera na frente do aluno para que ele não seja tímido, você e nem os pais estão ajudando. O ideal é incentivá-lo a tomar parte nas atividades, porém nunca forçá-lo, e nem ficar dizendo que ele é muito tímido ou algo parecido. Lembre-se que a abordagem deve ser sempre positiva.
O que você tem feito para auxiliar seus alunos a se sentirem mais a vontade para se expor?