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Timidez do aluno, até que ponto isso é normal?

12 de junho de 2016
3 minutos

Cada um de nós nasce com uma determinada personalidade e temperamento. Há pessoas que possuem um certo grau de timidez, extroversão ou algo entre estas duas características. É claro que, a partir do momento em que crescemos, este traço, a princípio dominante, passa a ser apenas mais um fator em nosso comportamento, que torna-se mais complexo do ponto de vista psicológico. Algumas pessoas conseguem deixar de ser muito tímidas, porém outras não.

Mas quando é que a timidez passa a ser não apenas uma característica, e sim um problema?

A timidez constante

Há crianças que são tímidas em quase todas as situações, tendo dificuldade quase sempre ou sempre de se comunicar com qualquer outra pessoa.

A timidez prejudicar sua vida

É preocupante quando se verifica que a timidez da criança interfere em sua habilidade de aprendizagem, na capacidade de estabelecer relacionamentos, de demonstrar seus interesses e de possuir uma autoestima positiva.

A timidez não pode ser vencida

As crianças excessivamente tímidas não conseguem controlar sua timidez, antes sendo reféns dela.

Recusar-se a participar de atividades em grupo

Crianças que evitam atividades nas quais precisam se expor, como peças teatrais, jograis ou danças, e que não conseguem desenvolver atividades em nenhum tipo em grupo.

Não querer ficar sem os pais

Algumas crianças apresentam relutância em ficar sem os pais, mesmo já estando a um tempo considerável na escola.

O principal traço que precisa ser verificado é se a criança apresenta o mesmo comportamento tímido em várias situações diferentes, ou se sente medo ou pânico diante de situações que exijam exposição. Um alto grau de timidez como o descrito acima pode ser indício de ansiedade social, cujos sintomas são:

  • Sentir uma grande ansiedade e nervosismo diante de situações nas quais a criança sinta-se exposta, e tema ser considerada inadequada ou ser ridicularizada por alguém;
  • Quando adolescente ou adulto, temer apresentações de quaisquer tipos, seja no convívio social ou no ambiente profissional;
  • Sentir-se totalmente incapaz de falar em público.
  • Sentir sintomas como pânico, sudorese, tonturas e palpitações ao ter que se expor.

Conclusão

Como podemos perceber, a ansiedade social pode transformar situações corriqueiras em verdadeiros desafios para quem a possui, como apresentar-se a alguém, expor opiniões e ideias, pedir informações. Caso seu aluno apresente estas características, então o ideal é conversar com os pais, a fim de que eles ajudem seu filho no encaminhamento a um psicólogo. A terapia comportamental pode ajudar grandemente ao aluno, no intuito dele perceber que seus medos não são justificáveis e que as situações que ele considera constrangedoras representam um problema apenas em sua mente. Aos poucos e com o auxílio dos pais e do terapeuta, o aluno paulatinamente começa a fazer seus pequenos e muito valiosos progressos, e passa a saber enfrentar as situações antes impossíveis de uma forma natural.

É muito importante salientar que a timidez não é culpa da pessoa que a tem, e que a cada vez que se reitera na frente do aluno para que ele não seja tímido, você e nem os pais estão ajudando. O ideal é incentivá-lo a tomar parte nas atividades, porém nunca forçá-lo, e nem ficar dizendo que ele é muito tímido ou algo parecido. Lembre-se que a abordagem deve ser sempre positiva.

O que você tem feito para auxiliar seus alunos a se sentirem mais a vontade para se expor?

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