Como evitar a evasão escolar? Há alguma atitude que gestores e professores podem tomar frente a esta situação? Como as famílias podem ajudar? Quais as causas da evasão escolar? Todos esses questionamentos fazem parte do dia a dia dos profissionais da educação.
Neste post, o Escolaweb traz 10 dicas e te conta a melhor forma de lidar com todas essas questões. Continue a leitura e descubra agora mesmo!
Como evitar a evasão escolar: 10 atitudes indispensáveis
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) apontam que, no ano de 2019, mais da metade da população brasileira acima dos 25 anos não chegou a concluir o ensino médio. Esse quadro preocupante reafirma como os índices de evasão escolar ainda são alarmantes no Brasil.
Normalmente, a evasão começa com faltas esporádicas, que se tornam cada vez mais frequentes, até chegar ao ponto de desligamento total do estudante com a escola. Por isso, é indispensável que professores, gestores e familiares tracem estratégias para evitar a evasão escolar em todas as etapas do ensino básico.
Continue a leitura e confira 10 atitudes indispensáveis para evitar a evasão escolar.
1. Entenda as principais causas da evasão escolar
Há duas frentes que você precisa considerar para entender e combater a evasão escolar:
- a perspectiva da escola;
- e a perspectiva do aluno e seus responsáveis.
Será que a escola está deixando de atender às expectativas ou algo está ocorrendo no âmbito familiar? O aluno é vítima de bullying? As aulas são desconfortáveis e os assuntos não são absorvidos? Os pais estão enfrentando dificuldades financeiras? O estudante tem dificuldade de acompanhar o ritmo da turma e sua aprendizagem está sendo comprometida?
Dados da pesquisa “Educação brasileira em 2022 – a voz de adolescentes”, elaborada pelo UNICEF, mostra que, depois o trabalho corresponde à maior causa de evasão escolar no país (48%), seguido da incapacidade de acompanhar as explicações dos professores (30%), da necessidade de cuidar dos familiares em casa (28%) e da percepção de que a escola é desinteressante (27%).
Ou seja, é preciso ter em mente que a evasão escolar é sempre a consequência de um desequilíbrio social, econômico e/ou pessoal muito profundo. Sendo assim, para tomar uma atitude realmente eficaz, você precisa entender e tratar as raízes do problema.
2. Mapeie as causas da evasão escolar na sua instituição
Se, principalmente no final do ano, muitos estudantes saem da sua instituição, procure saber o que está causando essa reação em massa. Claro, é interessante que você considere as particularidades de cada caso, mas, quando a evasão escolar toma grandes proporções, pode haver um motivo comum. Problemas de infraestrutura, didática ou desavenças com algum membro da equipe pedagógica, são exemplos de pontos a serem estudados.
Para mapear as possíveis causas, é importante contar com um sistema de gestão automatizado que elabore relatórios precisos. A partir da análise dos dados, você consegue traçar estratégias para resolver a situação.
Conhecer o ponto de vista de alguém que usufrui de seus serviços é fundamental para enxergar o que você pode e deve melhorar. Por isso, sempre peça feedbacks aos alunos e responsáveis, tanto dos que se evadiram quanto dos que permaneceram.
3. Mantenha um canal aberto de diálogo com os alunos
Seus estudantes também são um termômetro para o sucesso da instituição. Por isso, é tão importante ouvi-los e você pode fazer isso por meio de questionários, feedbacks, conversas, etc. Assim, você vai identificar o que os alunos apreciam, o que mudariam e do que sentem falta, por exemplo.
Outro ponto interessante é trazer o corpo docente para essa conversa. Afinal, como falamos no primeiro tópico, para diminuir a evasão escolar, você deve considerar o ponto de vista de todos os envolvidos no processo educativo.
4. Envolva os pais e familiares na rotina escolar
Tão importante quanto ouvir os alunos e professores é incentivar a participação dos pais na rotina escolar.
Na adolescência, por exemplo, o envolvimento dos responsáveis nas atividades da escola tende a diminuir. Para reverter isso, faça questão de mostrar o efeito positivo que a presença deles surte no aprendizado dos filhos.
Quando os pais têm consciência de que o desempenho dos adolescentes melhora com a participação deles no processo de aprendizagem, fica tudo mais fácil. Zele para que sua instituição tenha uma política de aproximação, envolvendo a família em atividades, conversas e eventos além das reuniões.
5. Tenha mentores para ajudar no controle de evasão escolar
Os mentores são professores que assumem o papel de conselheiros de pequenos grupos de estudantes, dando conselhos e orientações quando eles precisam. Esse modelo vem do Ensino Superior, onde os universitários têm orientadores para sanar suas dúvidas e pedir feedbacks sobre seus projetos.
Muitas vezes, os gestores cobram exclusivamente do professor o monitoramento dos níveis de aproveitamento de todos os alunos da classe, bem como que ele preveja qualquer dificuldade na aprendizagem. O problema é que, via de regra, as turmas têm bem mais estudantes do que um indivíduo consegue acompanhar.
É por isso que a proposta de contar com mentores na sua instituição pode ser ótima saída. Afinal, eles são experientes e podem detectar qualquer impedimento de forma mais fácil. Assim, é possível resolver muitas questões educacionais e traçar estratégias de como evitar a evasão escolar.
6. Esteja atento aos sinais que os alunos dão
Antes que os alunos saiam de sua escola, eles dão sinais de que pretendem sair. Por exemplo, na educação privada, um dos maiores fatores de evasão escolar é a reprovação total ou parcial.
Explicando melhor esse cenário: um aluno reprovado pode ser subestimado por seus colegas e, consequentemente, ter um enorme sentimento de incompetência. Outro ponto é que, quando a reprovação acontece, é comum que os pais sintam que estão desperdiçando dinheiro.
Por isso, é tão importante acompanhar de perto o desempenho dos estudantes. Assim, você consegue identificar casos que precisam de atenção e oferecer suporte pedagógico – e até psicológico – quando for necessário.
7. Promova atividades extracurriculares
Engajar os alunos é um dos grandes desafios de uma instituição e também reflete na taxa de evasão escolar. Por isso, promover campeonatos de futebol, xadrez, ciências, poesia, manter um coral ou um grupo de teatro, por exemplo, são atividades que estimulam o engajamento dos estudantes com a escola.
Inclusive, quando os alunos sentem que pertencem a um grupo, grêmio ou comunidade, e que são valorizados por isso, eles tendem a continuar frequentando as aulas de forma prazerosa.
8. Proporcione aos alunos aulas mais interessantes para evitar a evasão escolar
Talvez seja uma dica clichê, mas investir em aulas dinâmicas e inovadoras faz toda diferença para a satisfação dos pais e alunos com o ensino. Muitos alunos mudam de escola ou desistem de estudar porque as aulas são desinteressantes. E, em boa parte das vezes, eles têm razão.
Professores desestimulados por uma carga horária muito alta; assuntos que não se relacionam com o dia a dia; abordagens ultrapassadas e chatas; e falta de aplicação prática dos conteúdos, são apenas alguns dos dilemas mais comuns da nossa educação. E isso tudo pode resultar na evasão escolar.
9. Saiba quais são os diferenciais de sua escola
Um bom gestor sabe exatamente quais são os diferenciais que sua escola tem, bem como as vantagens que eles podem trazer ao corpo estudantil.
Sua equipe de professores é especializada? Sua escola tem ótimos laboratórios? E quanto à biblioteca? As salas de aula e os espaços externos são acolhedores?
Tão importante quanto mapear as fraquezas é conhecer as forças da instituição, saber exatamente no que ela se destaca e pode ser valorizado comercialmente, inclusive. Isso pode ser um argumento crucial para reduzir a taxa de evasão escolar.
10. Reserve um tempo para debater a eficácia da proposta pedagógica
Como a escola distribui as disciplinas de ciências humanas e exatas na sua estrutura curricular? Como são organizados e com que frequência ocorrem projetos criativos, interdisciplinares e em grupo?
Falamos anteriormente, nos tópicos 7 e 8, que é preciso intercalar matérias e atividades teóricas com períodos de prática, interação e pesquisa. Essa é a chave para que as aulas não sejam maçantes.
Os educadores também devem estar focados em construir pontes entre o conteúdo estudado e o cotidiano dos alunos. Afinal, memorizar um conceito é só uma das facetas da aprendizagem. No fim das contas, os estudantes precisam estar aptos a aplicar os conhecimentos adquiridos em sala de aula nos desafios que aparecem no dia a dia.
Ao avaliar o desempenho deles, também é importante considerar o esforço, comprometimento e a evolução individual. E esses fatores, muitas vezes, não ficam tão óbvios nas avaliações comuns.
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