O planejamento escolar é importantíssimo para guiar as ações da instituição ao longo do ano. É nele que se estabelece os objetivos e metas da instituição de ensino, especificando os recursos humanos, materiais, parcerias, iniciativas, etc., necessários para cumpri-los. Por isso, deve ser atualizado constantemente, considerando as mudanças que a escola precisa fazer para continuar atendendo às demandas do seu público.
Esse é o momento para gestores, corpo docente e demais colaboradores, discutirem metodologias, conteúdos, atividades extracurriculares, resultados, melhorias e outras ações para o próximo período letivo. Inclusive, nessa hora, também deve-se considerar oportunidades de mercado para criar estratégias de captação e retenção de alunos, por exemplo.
Por meio do planejamento escolar também é possível prever alguns obstáculos e desafios que a instituição pode enfrentar, bem como criar ações para evitar e/ou superá-los.
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Além disso, esse documento é um guia para os professores na construção dos seus planos de aula, e também será apresentado aos pais e responsáveis para que eles acompanhem o que será passado para os alunos ao longo do ano. Assim, é possível manter uma unidade na comunicação e nas ações escolares e todos conseguem contribuir para alcançar os objetivos da instituição.
A seguir, explicamos melhor os tipos de planejamento escolar e como você deve fazer o seu. Continue a leitura!
Quais são os tipos de planejamento escolar?
Existem dois tipos principais de planejamento escolar: o estratégico e o participativo – falamos mais sobre eles neste artigo aqui. Cada um tem suas particularidades e você deve escolher o que mais faz sentido aplicar na sua instituição. Mas, para te ajudar, recapitulamos algumas diferenças entre eles a seguir.
Planejamento estratégico
O planejamento estratégico se baseia em dados quantitativos e qualitativos. Ou seja, a equipe responsável pela elaboração desse documento, precisa levantar informações como:
- concorrência;
- situação financeira da escola;
- opiniões dos clientes;
- diferenciais;
- investimentos.
Para otimizar esse processo, você pode contar com um software de gestão para obter essas informações. E aí, com esses dados em mãos, os gestores, diretor, coordenador pedagógico, secretários e outros membros da equipe de direção escolar, estabelecem os objetivos e metas da instituição para o ano letivo.
Com esse direcionamento estratégico, fica mais fácil tomar decisões de forma objetiva e assertiva. Além disso, vale lembrar que esse planejamento é repassado para o restante da comunidade escolar.
Essas ações e comunicações alinhadas reforçam a imagem da instituição no mercado, ajudando a destacar a instituição perante a concorrência.
Planejamento participativo
O modelo de planejamento escolar participativo, como o nome sugere, é democrático e colaborativo. Ele é produzido com a participação de todos os integrantes da comunidade escolar, desde a equipe de direção até professores, alunos e familiares. Todos eles podem apresentar suas pautas, sugestões e pontos de vista.
Só que, para o sucesso desse planejamento, é importante que todos os envolvidos conheçam e concordem com o Projeto Político-Pedagógico da escola, bem como considerem a realidade da instituição e da comunidade ao redor.
É um processo mais trabalhoso e consideravelmente demorado, já que pode ser preciso fazer diversas reuniões para se chegar ao documento final. Mas também tem inúmeras vantagens, como:
- construção de uma cultura colaborativa e diversa;
- fortalecimento da democracia;
- compartilhamento horizontal do poder de decisão.
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Como fazer um bom planejamento escolar?
Bom, o melhor caminho para criar o planejamento escolar é mesclar o melhor dos dois tipos: pensar estrategicamente, considerando os dados e resultados, mas também ouvindo o que a comunidade escolar tem a dizer.
Pensando nisso, sugerimos seguir 4 passos para criar um bom planejamento:
1. Reunir a comunidade escolar
Promova reuniões, debates e jornadas pedagógicas, e estimule a participação de professores, funcionários, alunos e responsáveis no planejamento escolar. Estabelecer uma relação de igualdade e abrir espaço para que todos se manifestem faz toda diferença – e ainda melhora o relacionamento entre si.
Claro, tudo precisa ser bem organizado, por isso, o coordenador pedagógico pode assumir o papel de mediador do debate e anotar as sugestões, por exemplo. Enquanto isso, os gestores podem ir filtrando as propostas e, ao final do encontro, colocar em votação as melhores e/ou mais condizentes com a realidade da instituição.
Acredite, esse compartilhamento de experiências e opiniões enriquece o debate e deixa o planejamento mais próximo da realidade da comunidade escolar. Portanto, é importante que você não tenha pressa de esgotar as discussões.
Assim, os professores se sentem contemplados e ficam engajados para fazer dar certo. O mesmo vale para os pais e alunos, que se sentem à vontade para participar ativamente e fortalecer os laços com a escola.
2. Analisar os dados dos planejamentos anteriores
Outro passo muito importante é conferir os planejamentos anteriores e seus resultados, e compará-los com os dados atuais. Reflita quais objetivos e metas foram atingidos, quais não foram, bem como as estratégias que deram certo ou não.
Mas tenha atenção e procure fazer essa reflexão de forma realista. Com essa análise, você vai conseguir identificar o que causou, por exemplo, uma redução da taxa de reprovação ou da evasão escolar. Ou, ainda, o porquê determinada ação não foi eficiente para diminuir a inadimplência.
Além disso, vale a pena mapear a concorrência e descobrir no que ela está se destacando. Para isso, busque saber quais estratégias ela está usando, bem como avalie o comportamento dos alunos e responsáveis com isso.
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3. Criar metas realizáveis no planejamento escolar
Lembre-se de que, na hora de estabelecer as metas, é preciso ter em mente o que pode, de fato, ser realizado. Não adianta “sonhar alto demais”, muito menos pensar pequeno. Aqui, mais uma vez, os dados são importantes para indicar o que a escola consegue atingir.
As metas devem ser:
- objetivas, com definição de ações concretas;
- mensuráveis, para ser possível verificá-las;
- datadas, ou seja, com prazos estabelecidos.
Nesse caso, se a escola quiser, por exemplo, fazer um investimento, vale especificar quanto — em porcentagem ou valores absolutos — deve ser economizado, como fazer essa economia e qual é o prazo para isso.
4. Revisar o plano regularmente
Como qualquer plano, o planejamento escolar também precisa ser revisado ao longo do período. Por isso, crie um cronograma de reuniões bimestrais, trimestrais ou semestrais para revisá-lo periodicamente. Nesses encontros, aproveite para solicitar feedbacks na comunidade escolar. Eles são muito importantes para avaliar quais iniciativas estão dando certo ou errado.
De forma estratégica, você vai identificar se é necessário mudar ou acrescentar algo. Lembre-se de ser flexível. Afinal, é melhor mudar o planejamento quanto antes e colher bons resultados ainda no ano atual, do que após o encerramento do período.
Como você viu, o planejamento escolar é extremamente importante para uma instituição: auxilia os gestores na organização administrativa, determina o calendário de atividades, guia os professores, alunos e familiares, estabelece rotinas, entre outros.
Inclusive, para os professores, em específico, é fundamental para criar um plano de aula eficiente, com aulas dinâmicas e alinhadas ao Projeto Político-Pedagógico da escola.
Por fim – e ainda importante -, uma dica que vale tanto para criar o planejamento escolar quanto para sua análise e revisão: a tecnologia pode ser uma grande aliada nesse processo. Com o apoio de um sistema de gestão escolar, por exemplo, é possível obter todos os dados de forma rápida e prática, além de compartilhá-los com os demais responsáveis por criar o documento.
Caso queira conhecer um ótimo sistema de gestão escolar, vale a pena agendar uma demonstração gratuita do Escolaweb. Aproveite para nos seguir nas redes sociais e inscrever-se na nossa newsletter para receber outros conteúdos nesse estilo diretamente no seu e-mail! 🙂