Imagine um barco sem direção no mar. Ele vai chegar em algum lugar? Pode até ser que sim, mas a viagem vai demorar muito mais! Com isso os custos poderão ser maiores e os tripulantes podem não gostar do destino final, não é mesmo? Assim é com uma escola: não se pode deixar as atividades à deriva. É preciso ter um plano de ação escolar que organize e oriente os trabalhos para alcançar as metas.
Um modelo de plano de ação nada mais é que um planejamento estratégico de atividades para atingir um objetivo. Ou seja, trata-se de orientar as ações com foco em objetivos bem delimitados.
Com ele, a escola têm um planejamento a seguir que dá rumo para as decisões administrativas e pedagógicas. Além de auxiliar no acompanhamento da realização dos trabalhos com os alunos. Logo, um plano tem o potencial de melhorar os resultados! Tanto para o aprendizado em uma sala de aula quanto para a gestão escolar.
Neste post, falaremos sobre a importância de um plano de ação escolar. Além de indicar 10 passos básicos que podem contribuir para a sua elaboração, ajudando a escola e os professores a obterem os resultados desejados. Leia e reflita!
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A Importância de um plano de ação escolar
Uma escola é também uma empresa e precisa ser tratada como tal, especialmente na parte administrativa. Já no âmbito pedagógico, o planejamento é essencial para alcançar melhores resultados com os alunos. Logo, de qualquer lado que se olhe, um plano de ação escolar é essencial para aumentar o sucesso da instituição de ensino.
Facilita o processo de decisão
Uma das grandes vantagens que um plano de ação garante para a gestão escolar é facilitar a tomada de decisão, pois ele apresenta objetivos traçados, metas, etapas de implantação e outras condicionantes a serem seguidas. Com base nessas diretrizes, a decisão fica mais clara e fácil de ser tomada, visando a execução de um planejamento consolidado.
Evita erros previsíveis
Um plano de ação escolar, mais que apenas determinar o que será feito, também tem em si prognósticos e riscos que poderão ocorrer no decurso do processo. Logo, ele prevê as situações que podem gerar equívocos e a forma de tratá-las.
A partir da consciência dos problemas que poderão ser enfrentados, fica mais fácil evitar erros, pois os mesmos já foram previstos. Além disso, um bom plano de ação escolar conta também com mecanismos de contingenciamento de crises. Assim, ainda que o erro venha a ocorrer, também é mais fácil lidar com ele.
Garante melhores resultados
Uma terceira grande vantagem de um plano de ação escolar é que ele aumenta as chances de sucesso, gerando melhores resultados. O planejamento torna a execução das atividades escolares, seja no nível administrativo ou pedagógico, mais sólidas e com embasamento. Isso diminui os riscos empresariais envolvidos e dá segurança ao negócio.
Com um plano de ação escolar bem feito e embasado, há muito menos chances ao acaso e o navio que é a escola pode navegar mais tranquilamente por rotas conhecidas e em mares mais brandos. Assim sendo, é hora de entender o essencial sobre um plano de ação!
Desenvolvimento de um plano de ação escolar
1 – Documente o plano de ação escolar
Um plano de ação deve ser escrito e reduzido a termo para haver registro documental e torná-lo facilmente acessível a todos os envolvidos em sua criação e execução. É, afinal, um documento oficial da escola, em que constará as ações e objetivos. É nele que estarão traçados os caminhos que serão seguidos pela gestão administrativa e pedagógica, e servirá de base para conduzir as demandas escolares.
No entanto, é importante considerar que o plano de ação escolar é um instrumento de gestão em constante melhora. Logo, é possível, ao longo do ano letivo ou do período estabelecido, flexibilizar alguns aspectos desse documento se houver necessidade, visto que é possível ocorrer mudanças pontuais no andamento da programação.
Ou seja, um modelo de plano de ação é feito para ser seguido e deverá conter o máximo de informações que ajudem em sua execução. Mas, ao mesmo tempo, é preciso equilibrá-lo com o bom senso de se alterar dados ou etapas, caso se faça necessário algum ajuste ante os casos concretos.
2 – Defina e justifique o que será estudado
O documento deve ter, de forma simples, os temas que serão trabalhados. Se for um projeto, defina o que será abordado e estudado pelos alunos — como, por exemplo, a educação financeira na escola. Lembre-se de que, em uma instituição de ensino, as atividades não podem ficar sem rumo, ou seja, sem uma condução coerente e adequada.
Apresente-o de forma sucinta — porém, desenvolvendo uma justificativa —, explicando por que determinado conteúdo ou projeto será abordado e qual é a importância de desenvolvê-lo. Em síntese, justifique o assunto. Não se esqueça de que, obviamente, deve estar relacionado ao universo da turma.
Exponha quais serão as contribuições ao trabalhar com os temas sugeridos. Eles podem ser, inclusive, inter ou multidisciplinares. Trazer coisas novas é sempre bom, mas não tem sentido propor temas que não possuem relação com o contexto. Por isso, certifique-se de que estão adequados.
3 – Coloque os objetivos de forma clara
Como falamos, ninguém chega a um bom lugar sem direcionamento. Por essa razão, é tão importante ter em mente — e no documento — quais são as metas reais, ou seja, o que é esperado como resultado. O objetivo é resolver algum problema diagnosticado ou aprofundar um conteúdo? Também deve ser escrito de forma clara e direta ao ponto.
4 – Apoie os temas com bons autores
Pense nos autores que podem ser referência para o desenvolvimento dos temas propostos e quais as contribuições que suas obras podem trazer ao trabalho. Se forem temas para a sala de aula, lembre-se de escolhê-los com base na faixa etária específica do ano em que será trabalhado.
Você pode, por exemplo, utilizar os clássicos, mas não se esqueça também de inovar, escolhendo novos autores. Os livros sempre devem passar por uma análise com critérios que envolvam a escola, além dos professores e alunos.
5 – Estabeleça uma metodologia adequada
Nessa hora, pense em como desenvolver as ações definidas e os conteúdos sugeridos. Há muitos métodos de aprendizagem que já são conhecidos e utilizados, e que podem ser bons caminhos a seguir para se atingir um fim. Vale também pesquisar para encontrar a metodologia mais adequada, aquela que realmente pode fazer diferença.
Que tal inovar com estratégias metodológicas na hora de criar o seu plano? Pense em recursos criativos e lúdicos para atingir seus objetivos. Uma dica pode ser optar por trabalhar com o auxílio das novas tecnologias. Afinal, podemos utilizá-las como ferramentas pedagógicas.
6 – Programe as ações e as atividades
Agora, chegou o momento de organizar as ações e as atividades por meio de uma programação. Como fazer isso? Elaborando um cronograma. Simples, não é? Estipule, de forma metódica, quando as ações serão colocadas em prática. Lembre-se de que o cronograma criado é uma espécie de roteiro para seguir.
Toda essa programação gera mais possibilidades de os objetivos serem atingidos e facilita a aprendizagem. Portanto, o cronograma é, sem dúvida, importante para conquistar os resultados. Por meio dessa organização, fica muito mais fácil iniciar, desenvolver e finalizar os trabalhos. Porém, lembre-se de que é preciso disciplina para não sair daquilo que foi planejado.
7 – Faça o planejamento financeiro
Para além da parte pedagógica, é importante saber quanto de financiamento será necessário para a execução dos projetos e como esse montante será obtido. Nesse sentido, o planejamento financeiro significa prever despesas do projeto, realizar orçamentos visando a redução de custos, considerar os gastos fixos e variáveis envolvidos e determinar como será feita a alocação de recursos.
Um bom plano de ação escolar conta com as despesas gerais e específicas, primando por uma gestão de compras eficiente e com uma reserva de recursos para imprevistos e investimentos. Quanto mais detalhado e realista for esse planejamento, mais simples e segura será a execução.
8 – Calcule os riscos envolvidos
Uma parte importante de um plano de ação escolar é fazer o gerenciamento preventivo de crises, ou seja, antecipar eventuais problemas que possam surgir e determinar medidas para contornar essas situações críticas.
Alguns problemas são previsíveis e de fácil resolução quando há contingenciamento. Outros são mais complexos e com uma previsibilidade limitada. Nesse segundo caso, é preciso ter uma gama de opções disponíveis — entre recursos financeiros e humanos — para lidar com crises.
O cálculo dos riscos é uma parte essencial de qualquer modelo de plano de ação escolar. Portanto, dedicar atenção especial a esse tópico é imprescindível para garantir melhores condições de execução e evitar que percalços possam evoluir para questões maiores, que cheguem a prejudicar a evolução da escola, o trabalho dos professores e o aprendizado dos alunos.
9 – Coloque o planejamento em prática
O plano está pronto, e agora? Hora de implementá-lo, ou seja, executar o que foi criado com tanto empenho. Depois de seguir os passos, comece a colocar a programação em prática. Não perca tempo, pois sabemos que o ano letivo voa.
Faça as solicitações necessárias, procure por referências, peça apoio ao grupo e, acima de tudo, pense nesse plano como sendo uma direção que só traz benefícios. Afinal, o plano de ação pode contribuir — e muito — para que as atividades sejam desempenhadas da melhor maneira possível.
10 – Acompanhe as ações realizadas
Não se esqueça de acompanhar os resultados com o olhar crítico necessário. No fim do ano ou do prazo final das atividades, por exemplo, você deve fazer uma análise dos pontos de sucesso e de falhas. Isso é muito importante para criar um plano cada vez mais assertivo e eficaz.
Por fim, chegou a hora de colocar a mão na massa e criar o seu próprio plano de ação escolar. Não existe um modelo rígido, mas os passos acima vão te ajudar a criá-lo de forma mais fácil. Vale lembrar que tudo deve ser feito com cuidado e se adaptando à sua realidade. Pois os resultados podem, inclusive, tornar a escola uma referência de ensino.
Esperamos que este conteúdo seja útil para a criação do seu plano de ação escolar. Aproveite e descubra, em nosso outro artigo, como simplificar e otimizar os processos de gestão escolar!