Para que tenhamos uma inclusão de fato, precisamos estar atentos a todos os tipos de alunos inclusos, e saber de que forma podemos atendê-los e mediá-los na aprendizagem com eficácia.
Os portadores de deficiência intelectual requerem uma atenção especial, para a qual existem medidas que precisam ser tomadas para que eles tenham pleno êxito em suas atividades. Vamos a elas:
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Você está preparado para a educação inclusiva?
A identificação do aluno com deficiência intelectual
Antes de mais nada, é preciso saber se o aluno em questão é realmente portador de deficiência intelectual. Para isso, deve haver um parecer de um médico neurologista para endossar esta condição.
Além disso, os deficientes intelectuais possuem geralmente um vocabulário limitado, e também apresentam dificuldades em lidar com as atitudes cotidianas.
Caso tais sinais sejam percebidos pelo professor sem que os pais tenham feito o relato de algum problema cognitivo, cabe então à escola conversar com os pais e orientá-los a respeito de buscar uma consulta com um profissional que possa identificar com precisão o que o aluno tem.
O plano de desenvolvimento individual
Tendo sido feito o diagnóstico, o gestor deve fazer um plano de desenvolvimento individual do aluno, no qual constarão os dados do aluno, informações médicas e terapêuticas, bem como os relatos dos pais sobre o que o aluno consegue fazer, e o que ele ainda precisa aprender.
Com base nestas informações, os professores poderão fazer sua parte no plano individual do aluno, onde discorrerão sobre quais são as expectativas deles com relação ao aluno durante o ano letivo e quais materiais e estratégias serão usadas para alcançá-las.
Adaptação do currículo
O currículo deve ser, preferencialmente, o mesmo utilizado pelo restante da classe, porém, devem ser feitas as adaptações de acordo com as necessidades do aluno.
Se a classe estiver estudando, por exemplo, funções de primeiro grau em matemática, e o aluno não for capaz, no momento, de efetuar tais equações, o professor de matemática pode trabalhar com o aluno soma e subtração, preferencialmente utilizando objetos para contar, como material dourado, fichas coloridas, etc.
A prática
O aluno deficiente intelectual geralmente precisa de muita prática até conseguir assimilar um conteúdo. O professor não deve ficar preocupado em seguir o currículo, mas sim em respeitar o ritmo do aluno.
Também não deve dar exercícios infantis a adolescentes ou exercícios fáceis demais para o aluno.
Procure dar a ele uma atividade relativamente fácil, e, aos poucos, aumente a dificuldade. Caso verifique que o aluno não está conseguindo realizar os exercícios, o professor deve voltar a lições mais fáceis, até que o aluno sinta-se pronto para novos desafios, que precisam ser dados, de acordo com o ritmo do estudante.
O tempo
Os alunos portadores de deficiência intelectual, via de regra, precisam de um tempo maior para desenvolver as atividades. O importante é não estressá-los, e sim deixar que eles façam suas atividades dentro de seu próprio ritmo. É bom lembrar-se que o crucial aqui não é o quanto ele aprendeu, mas sim se houve evolução, mesmo que pequena.
O estilo de aprendizagem
É interessante certificar-se de que tipo de aprendiz é o aluno, se é visual, auditivo ou cinestésico. Alunos visuais precisam de cartões com figuras, imagens, materiais para contar, ou seja, todo tipo de material que possa ser visto o auxiliará na aprendizagem.
A grande maioria das pessoas são visuais. O aluno auditivo aprende melhor ouvindo. Para um aluno auditivo, é válido gravar histórias, trechos de livros, etc. O aluno cinestésico precisa tocar nos objetos para aprender. Para o cinestésico, vale o uso de objetos e materiais pedagógicos táteis para facilitar sua aprendizagem.
As avaliações
As avaliações, dependendo de cada aluno e de seu estilo de aprendizagem, devem ser adaptadas. Avaliações orais para alunos auditivos, avaliações com materiais táteis para alunos cinestésicos e avaliações com figuras para alunos visuais devem ser incorporadas.
Além de todos estes cuidados, é fundamental que o aluno participe também de atividades que envolva os demais estudantes. Como por exemplo, trabalhos em duplas e grupos, afinal, incluir é aceitar e permitir ao aluno interagir com os demais. Isso é beneficial para todos os alunos.
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