Os alunos exibem desempenhos diferentes entre si. Mas você já parou para pensar que pode existir um padrão entre os que não conseguem acompanhar as aulas de maneira desejada? A escola, que trabalha com as mais variadas idades, possui estudantes com diferentes picos de atividade durante o dia. O que acontece é que o nosso corpo muda conforme o passar da idade e, assim, mudam também as necessidades biológicas que temos.
Ritmo Biológico
Os nossos horários têm relação principalmente com regras das instituições e hábitos familiares, mas isto desrespeita os diferentes ritmos biológicos. O pico das atividades de bebês e crianças até nove anos tendem a ser pela manhã, já na adolescência, não. Aos 10 ou 11 anos, os hormônios fazem com que os ritmos se atrasem. O adolescente começa a sentir sono mais tarde e não quer se levantar tão cedo no dia seguinte.
Existem também as diferenças entre as pessoas que gostam de dormir tarde e acordar tarde, chamados de vespertinos, e os que preferem dormir cedo e acordar cedo, os matutinos. Esses estudantes se comportam de forma diferente, mas as aulas começam no mesmo horário para todos. As aulas que começam às 7h da manhã, por exemplo, são piores para os vespertinos, acarretando na falta de concentração e até em baixo desempenho escolar.
Como funciona o corpo
Isso tudo acontece porque existe um sistema no cérebro chamado supraquiasmático que faz com que as pessoas sintam sono, fome e acordem. Mas esse sistema não é ajustado da mesma forma para todas as pessoas nem para todas as faixas etárias. As mudanças hormonais e estímulos externos podem modificar o mecanismo do relógio biológico.
Para respeitar os diferentes ritmos biológicos, tanto dos alunos mais jovens, quanto dos mais velhos, o ideal é que a sua escola tenha turnos diferentes para as turmas, adequando os horários das aulas aos alunos. Outro ponto importante também é reservar o horário da manhã para as crianças, que têm o pico das atividades nesse período, e o turno da tarde para os mais velhos.
Resultados e soluções
Se as atividades e o horário das aulas forem ajustados ao ritmo do corpo, o desempenho dos estudantes pode melhorar muito. Outras soluções podem envolver atividades físicas logo cedo, já que o esporte ajuda a reduzir o sono, e aulas mais dinâmicas, para os alunos saírem da rotina e manterem maior atenção.
Mesmo que essas soluções não sejam viáveis, vale a pena observar como os alunos se comportam nos diferentes turnos, levando em consideração o fato de as crianças terem a tendência de ser mais produtivas pela manhã e os adolescentes à tarde, e também os diferentes perfis de matutinos e vespertinos. Observando isto e conversando com pais e alunos, você pode tentar achar outras soluções viáveis para que a escola estimule os alunos a obterem melhores desempenhos em suas atividades.
Na sua escola, você nota está diferença no ritmo biológico dos estudantes? Conte para gente a sua opinião!