Planejar é antecipar uma prática, ou seja, é programar ações para chegar a um resultado desejado. Para uma empresa, por exemplo, o planejamento permite à equipe gestora ter uma visão estratégica e tomar decisões assertivas.
Mas, e se não houver um planejamento? Sem organização, a escola deixa a desejar para os alunos e seus responsáveis e isso não é nada bom. Não é legal trabalhar na base do improviso ou só com a reprodução de planos (mesmo que tenham dado certo). Afinal, tudo precisa ser atualizado e, para isso, é preciso avaliar o resultado dos métodos usados.
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O planejamento escolar visa fazer uma análise sobre o conteúdo de cada disciplina, com base nas orientações do MEC. Além disso, mostra quais serão os conteúdos extras ao longo do ano letivo. Outro intuito é decidir sobre a forma de progressão dos alunos, o que depende da avaliação da equipe pedagógica.
A seguir, mostramos dois tipos de planejamento escolar e como elaborar eles com eficiência. Continue a leitura!
Quais são os tipos de planejamento escolar?
Neste post, trazemos duas opções para a administração escolar: o planejamento participativo e o estratégico. O primeiro passo é entender melhor sobre eles. Depois, cabe ao gestor analisar o cenário e escolher a melhor alternativa para a escola e para os alunos.
Planejamento participativo
O planejamento participativo é o melhor exemplo de democracia na escola. Nesse modelo, todos os envolvidos — professores, funcionários, diretores e alunos — participam das decisões e são responsáveis por definir as prioridades. A participação de diferentes grupos da comunidade escolar no processo é um fator relevante para ele dar certo. Isso porque agrega compromisso e corresponsabilidade no sucesso das metas.
O objetivo desse tipo de gestão é atender às demandas sociais da comunidade na qual a escola está incluída. Nele, todo processo educativo está diretamente ligado ao contexto social.
Mas não é em qualquer escola que o planejamento participativo dá certo. Há um requisito essencial para que o modelo funcione de forma eficaz: todos precisam estar informados sobre aquela realidade escolar. Somente dessa forma é possível diagnosticar os problemas, estudá-los e apontar soluções.
O planejamento participativo precisa ter uma base sólida. Para isso, algumas informações são extremamente importantes e servem de guia para o trabalho como um todo. Entre elas, é preciso saber mais sobre a comunidade, pesquisar sobre o local e ter informações da atual realidade. Também é preciso definir o que pretende-se alcançar a curto prazo.
A gestão participativa traz uma série de benefícios para a instituição. Especialmente ao aprendizado com foco em valores, tais como cidadania, organização e gestão. Talvez, a maior vantagem seja a construção da cultura do planejamento coletivo. Isso intensifica práticas democráticas e fortalece a distribuição horizontal do poder de decisão.
Planejamento estratégico
No planejamento estratégico, o esquema é um pouco diferente. Nesse modelo, uma só pessoa concentra o poder de decisão – normalmente o diretor da instituição. Além disso, tem como base métodos qualitativos e quantitativos.
Vale ressaltar que essa abordagem foca em resultados a longo prazo. Por isso, é importante, primeiramente, analisar os pontos fracos e fortes, as oportunidades e as restrições que existem. Os indicadores e metas organizacionais medem a missão, visão do futuro e valores que dão o norte a essa realidade.
Também é preciso analisar o mercado (com foco nos concorrentes), o panorama financeiro, a satisfação dos clientes e as percepções sobre a instituição. Além de fazer um estudo sobre os diferenciais e a política de investimento. Depois disso, você pode partir para as metas.
Os temas importantes, como gestão administrativa, financeira, pedagógica, de infraestrutura, de relacionamento com a comunidade e com os alunos e de resultados, podem ser analisados a partir da matriz SWOT. Essa é a sigla em inglês que representa Strength (Força), Weakness (Fraqueza), Oportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças).
Normalmente, o planejamento estratégico é popular no meio acadêmico e empresarial. No entanto, qualquer escola pode adotar essa forma de planejamento, independentemente do tamanho ou do seu tipo — pública ou privada.
Como fazer um planejamento escolar eficiente?
O planejamento de cada escola deve ser feito conforme as suas particularidades. Seja qual for o modelo escolhido, o planejamento escolar deve seguir alguns requisitos básicos. São eles:
Analise dados recentes com planejamentos anteriores
Para ter sucesso em qualquer decisão, é preciso fazer uma análise de dados. Portanto, veja quais foram os resultados atingidos em anos anteriores. Isso é importante para identificar erros e pontos que precisem de mudanças ou aprimoramento.
Insira no planejamento metas realizáveis
Não adianta criar metas impossíveis. Afinal, para ter sucesso no que foi planejado, é essencial que as ações do planejamento sejam possíveis de executar. Para garantir isso, estabeleça ações objetivas, ou seja, que tenham um propósito claro e bem definido.
Outra característica que a meta deve ter é a possibilidade de ser mensurada. Dessa forma, é possível acompanhar a sua evolução, bem como analisar o seu desempenho. Além disso, as metas devem ter prazos determinados.
Reavalie o que já foi feito
Fazer avaliações periódicas é a melhor forma de identificar e corrigir erros. Também é uma boa oportunidade para fazer melhorias. Para isso, marque reuniões com a equipe pedagógica a cada bimestre e analise tudo o que já foi feito. Esse balanço também é importante para identificar se houve algum incidente que gerou uma alteração no planejamento inicial.
Concilie o planejamento com o interesse da comunidade
A escola deve analisar o interesse de todos os envolvidos direta e indiretamente a ela, incluindo os pais e a comunidade ao redor. É importante ouvir a opinião de outras pessoas. Isso permite perceber a necessidade das demandas externas e deixar o planejamento escolar mais democrático.
Faça uma avaliação dos resultados
Quando se faz um planejamento escolar, é comum fazer algumas mudanças no plano inicial. Mas deve-se acompanhar essas alterações periodicamente. Além disso, é preciso fazer uma avaliação desses pontos, a fim de identificar a necessidade de mudança ou adaptação.
Na avaliação dos resultados, o ideal é acompanhar as metas definidas no início do processo, bem como as datas previstas para cada uma. Dessa forma, é possível identificar eventuais atrasos ou imprevistos com mais precisão.
Para avaliar se as mudanças foram aprovadas e tiveram o sucesso esperado, também é importante ouvir a opinião externa. Portanto, converse com pais, alunos e comunidade.
Estabeleça um cronograma
O cronograma é uma ferramenta muito importante para o planejamento escolar. Seu objetivo é determinar as datas importantes que fazem parte do calendário, como as datas de reuniões escolares e pedagógicas, início e término das aulas. Bem como as atividades complementares necessárias. Além disso, deve conter qualquer informação que seja importante para a organização das atividades, como período de férias, feriados ou recessos.
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Qual é o melhor modelo de planejamento escolar?
Se você ainda está se perguntando “qual é o melhor modelo de planejamento para a minha escola?”, saiba que a resposta é: depende. O primeiro passo para descobrir qual o seu planejamento ideal é conhecer as particularidades da instituição. Por isso, é preciso observar as características da sua escola e como os gestores se relacionam com a comunidade.
Tenha em mente que novas formas de administrar são bem-vindas, mas é importante ter organização e uma base sólida de informações. E isso vale para qualquer tipo de planejamento adotado. Afinal, a escola precisa de um cronograma e do alinhamento de informações para que os bons resultados sejam alcançados.
Agora, pense, avalie e conte para a gente: como tem sido a experiência de planejamento escolar na instituição de ensino em que você trabalha?