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O que você precisa saber sobre aprendizagem baseada em problemas

23 de março de 2018
17 minutos

Modismo ou inovação real? Como sabemos, as escolas precisam desenvolver novas abordagens para acompanhar as demandas da sociedade e garantir que seus egressos sejam preparados para os desafios que encontrarão no mercado.

Neste contexto, surgiu a Aprendizagem Baseada em Problemas — uma proposta que pretende estabelecer uma ponte entre a teoria e a prática, entre o conhecimento e sua aplicação.

E você, já conhece esta abordagem? Sabe quais são seus princípios, vantagens e desvantagens? Já analisou a viabilidade de implementá-la na sua instituição de ensino?

Pois é sobre este tema que vamos conversar hoje. Então, prepare-se para obter a resposta a essas perguntas e entender como a Aprendizagem Baseada em Problemas pode impactar as atividades e a qualidade de uma instituição de ensino.

O que é a Aprendizagem Baseada em Problemas?

A ABP, também conhecida pela sigla em PBL (do inglês Problem-Based Learning) é uma proposta pedagógica que defende a ideia de que a aprendizagem significativa deve ser baseada na solução de problemas.

Esta concepção pedagógica se baseia em alguns pilares essenciais, sendo eles:

  • organização temática em torno de problemas, e não de disciplinas;
  • integração interdisciplinar;
  • combinação entre elementos teóricos e práticos (aplicação do conhecimento para a solução de problemas);
  • ênfase no desenvolvimento cognitivo;
  • abordagem centrada no aluno, na qual ele deve aprender por si próprio.

Onde surgiu a ABP?

Embora a Aprendizagem baseada em problemas tenha passado a fazer parte de propostas e debates há relativamente pouco tempo no Brasil. Seu surgimento foi no final da década de 60. Ela começou a ser desenvolvida nas universidades McMaster (Canadá) e Maastrich (Holanda).

Para sua formulação, a proposta se baseou nos conceitos do psicólogo americano Jerome Seymour Bruner e do filósofo John Dewey.

Bruner afirmava que a educação deveria colocar os estudantes em contato com problemas, incentivar a discussão desses temas em grupos e a busca de soluções. Essa proposta foi chamada de Learning by Discovery ou Aprendizagem pela Descoberta.

Dewey, por sua vez, defendia a ideia de que a educação deve ser baseada na reconstrução da experiência. É essa ponte com a realidade que produz o crescimento e motivação para a aprendizagem.

Entretanto, embora tenham inspirado a ABP, ela foi desenvolvida em outro contexto. Primeiro houve uma experiência embrionária na Harvard Business School, que foi recriada na escola médica de MacMaster.

A proposta foi disseminada em outras universidades e desenvolvida de forma mais significativa pela Universidade de Maastrich. A experiência realizada nesta instituição contribuiu muito para a formação da base empírica que hoje endossa muitos dos princípios defendidos por esta abordagem.

Qual é a perspectiva da Aprendizagem Baseada em Problemas no Brasil?

No Brasil, a ABP passou a ser discutida há pouco mais de duas décadas. Alguns de seus conceitos já permeavam os Parâmetros Curriculares Nacionais publicados em 1997. Eles também foram utilizados para nortear exames oficiais como o ENEM.

Porém, não se pode afirmar que a ABP é, de fato, aplicada no dia a dia da maioria das instituições de ensino. Apesar disso, ela tem conquistado cada vez mais espaço em escolas inovadoras e criativas.

O modelo atual seguido na maioria das escolas está arraigado há décadas. Uma simples observação em sala de aula mostra que, na maior parte delas, as disciplinas continuam sendo abordadas separadamente e a ênfase na compreensão de conceitos e procedimentos se sobrepõe à resolução de problemas.

Vale lembrar que o nosso objetivo, ao fazer essa colocação, não é julgar qualquer um dos modelos ou as escolas que adotam uma ou outra abordagem. Trata-se apenas de destacar que, embora seja utilizada em avaliações oficiais, a ABP não faz parte da rotina da maioria das instituições.

Por mais estranho que pareça, a introdução desta abordagem no país aconteceu por meio de algumas faculdades. A ABP foi adotada primeiro na Faculdade de Medicina de Marília (SP) e na Universidade Estadual de Londrina — UEL (PR).

Depois dessa introdução, outras faculdades adotaram o método, inclusive em áreas diferentes da saúde. A abordagem é bem vista quando se trata de formação profissional, pois dá ênfase em como os estudantes podem aplicar os conhecimentos disponíveis para a solução de situações que acontecem no exercício da profissão.

Como funciona a ABP?

A ABP funciona de uma forma bastante diferente da metodologia tradicional. Em primeiro lugar, ela derruba as barreiras entre as diversas disciplinas curriculares e utiliza as contribuições das diversas áreas do conhecimento para propor e solucionar problemas.

Em termos de procedimentos, esta metodologia também traz diferenças em relação à pedagogia tradicional. O início do processo ocorre com o aluno estudando individualmente um tema determinado pelo professor antes da aula.

Cabe a ele buscar as informações necessárias, se familiarizar com conceitos, anotar as dúvidas e dificuldades que encontrou para compreendê-lo. Ele traz essas anotações para a classe, onde ocorrem as discussões.

Na aula, o professor propõe problemas pertinentes ao tema apresentado. Eles são discutidos em grupos tutores, formados por no máximo 10 alunos. Porém, o objetivo do grupo não é apenas debater, mas chegar a uma solução.

Por isso, a participação do estudante é essencial. Cada um deles precisa colaborar com seus conhecimentos, sua visão e seu raciocínio para chegarem a uma solução compatível com o problema apresentado.

Como aplicar a ABP?

Como se pode imaginar, a proposta exige que as escolas façam uma adaptação completa do seu currículo. Além disso, a própria sala de aula deixa de funcionar como na pedagogia tradicional.

Veja como os componentes desta proposta precisam ser adequados ao método:

Currículo

O currículo deixa de ser dividido em disciplinas, da maneira como atualmente as conhecemos. Em vez desta abordagem, todos os tópicos que os alunos precisam estudar são agrupados em unidades temáticas que envolvem as diferentes áreas do conhecimento.

Portanto, as unidades temáticas são subdivididas em temas. Cada um desses temas aborda uma parte do conteúdo proposto a partir de problemas formulados para que o assunto seja explorado de forma pertinente.

Os problemas

Um problema pode ser composto de uma ou mais questões, desde que elas estejam alinhadas ao tema proposto. Elaborá-los é, provavelmente, uma das principais dificuldades dos professores, o que se torna um obstáculo para a adoção do método.

Para elaborar o problema, é preciso que a instituição ou o professor leve em consideração os conhecimentos prévios do aluno. Não importa se esta noção inicial tem origem na experiência de vida do indivíduo ou em uma pesquisa solicitada.

A partir daí, o professor coloca uma situação em que esses conhecimentos devem ser empregados de modo simples, objetivo e direto.

Como se pode perceber, é essa a característica que faz a metodologia ser melhor aceita em cursos profissionalizantes ou faculdades que nas escolas de ensino básico. Afinal, o que não falta nessas instituições são exemplos que podem se tornar em estudos de caso.

Em uma escola de medicina, por exemplo, não faltam casos reais de pacientes que podem ser usados para esta finalidade. É possível, a partir de uma ficha médica, criar um problema nesses moldes.

Nesse caso, o professor apresentaria o histórico do paciente e seus sintomas. Os estudantes precisariam fazer todo o resto: pesquisar e chegar à conclusão de que exames deveriam ser solicitados, como interpretar seus resultados, os tratamentos mais efetivos, e assim por diante.

Perceba que, desta forma, os alunos precisariam pesquisar elementos de várias disciplinas para chegar a uma solução e “salvar” o paciente semi-fictício. Portanto, eles estudariam não só a teoria, mas como aplicá-la em uma situação real.

O mesmo vale para um curso de Direito. Existem inúmeros exemplos de fusões, empresas em colapso devido a uma sucessão mal planejada, divisões provocadas por divórcios ou outras desavenças familiares. Ou seja, existe material concreto para formular uma infinidade de problemas.

No entanto, no Ensino Básico isso ainda é um desafio para muitos professores. Embora o ENEM seja um exemplo de que é possível formular questões que utilizem esses princípios, ainda não são amplamente conhecidas experiências que usaram esse tipo de abordagem efetivamente na sala de aula, voltada ao ensino.

Grupos tutoriais

Na ABP, o objetivo não é trabalhar em classes numerosas. Um dos princípios do método é que os alunos formem em equipes pequenas, compostas por 8 a 10 estudantes e chamadas de grupos tutoriais.

Eles trabalham com o apoio e sob a supervisão de um tutor que tem como função estimular o processo de aprendizagem, corrigir erros, ajudá-los a completar as atividades propostas e orientar as discussões, mas sem proporcionar as respostas.

Portanto, o papel desses tutores é bastante diferente daquele que os professores desempenham na metodologia tradicional. Em nenhum momento é função deles prover respostas — exatamente o contrário do que os alunos esperam do mestre hoje.

No grupo tutorial, os estudantes identificam problemas, realizam pesquisas sobre os temas que eles envolvem, interpretam as informações que coletaram, debatem o assunto e elaboram soluções ou recomendações.

Para isso, é preciso que eles tenham livros e artigos à disposição, além de todos os recursos que a internet oferece.

Imagine, por exemplo, que o tema do problema que os alunos devem resolver esteja relacionado à febre amarela. Há muitos conhecimentos relacionados ao assunto, e que podem ser explorados em um projeto assim.

Os estudantes precisarão entender como é feita a transmissão do vírus, analisar estatísticas que mostrarão se existe ou não um surto ou epidemia (e em que locais), investigar que condições tornariam um surto silvestre em um surto urbano e como evitá-lo, bem como as medidas e recomendações aos órgãos públicos e à população.

Eles podem fazer essa pesquisa por meio de reportagens veiculadas nos principais meios de comunicação, consulta a sites oficiais, entrevistas com profissionais e até mesmo pesquisas de campo.

Vale também lembrar que, embora o método estabeleça os grupos tutoriais, muitas instituições de ensino superior utilizam uma variação. Algumas continuam com classes numerosas, porém abordam o conteúdo a partir de problemas.

Exploração dos problemas

De modo geral, o tutor pode utilizar alguns passos para orientar os grupos na solução de problemas. Essas etapas são:

  • examinar e definir o problema;
  • identificar o conhecimento prévio dos estudantes a respeito do tema apresentado ali;
  • detectar as lacunas de conhecimento que impedem a solução e o que os estudantes precisam aprender se tornarem aptos a intervir na situação;
  • definir o que fazer para adquirir esse conhecimento: fontes de pesquisa, entrevistas com profissionais, estudos de campo, aula prática para o domínio de ferramentas;
  • debater a respeito do problema, considerando os conhecimentos adquiridos desde a etapa anterior;
  • formular de hipóteses e soluções para o problema;
  • solucionar o problema (medidas, recomendações, ações, conclusões);
  • relatar as descobertas.

Diferente da proposta tradicional, em vez de o professor ensinar o conteúdo primeiro e depois pedir que os alunos solucionem problemas, acontece o contrário. O problema é apresentado primeiro, e os estudantes precisam se mobilizar para encontrar soluções.

Avaliações

Mas como saber se os alunos efetivamente alcançaram os objetivos propostos por meio da ABP? A resposta está em um processo de avaliação bem elaborados, de acordo com o módulo temático.

As instituições utilizam modelos diferentes. Algumas delas recorrem a avaliações escritas e provas práticas. Outras baseiam suas percepções em relatórios e portfólios criados pelos grupos ou individualmente.

Caso a instituição escolha usar relatórios e portfólios como base para suas avaliações, é ainda mais importante que os estudantes tenham um acompanhamento muito próximo do tutor.

É esse acompanhamento que vai garantir que os documentos expressem uma aprendizagem real. Se isso não acontecer, é possível que os relatórios sejam copiados de outras fontes ou que os alunos peguem “carona” na aprendizagem de outros colegas.

Existem instituições que, além de utilizarem essas alternativas, ainda aplicam uma avaliação de múltipla escolha a cada bimestre com o objetivo de acompanhar a progressão dos alunos.

O que não podemos negar é que a verificação da aprendizagem fundamental. Além de mostrar o desempenho individual dos alunos, ela faz parte de um ciclo importantíssimo para o aperfeiçoamento da própria instituição.

O resultado das avaliações é fundamental para a gestão pedagógica verificar o que funcionou na aplicação do método e o que precisa ser mudado nos novos projetos para alcançar resultados efetivos.

Quais são as vantagens da aprendizagem baseada em problemas?

Os defensores da ABP atribuem uma série de vantagens a este modelo, que serão explicadas neste tópico.

Estímulo à atividade do aluno

Quando uma instituição adota a ABP, a primeira mudança diz respeito à passividade do aluno. “Receber informações” e reproduzi-las em uma avaliação puramente conceitual deixa de ser uma opção, exigindo que o estudante abandone sua zona de conforto.

Este método extingue uma prática muito comum nas instituições de ensino: o fato de o professor “despejar” ou “depositar” conhecimentos enquanto o aluno apenas “recebe” esses conteúdos mastigados, sem utilizar o pensamento para elaborá-los.

A partir da implementação da ABP, o aluno precisa mudar de postura e começar a realmente buscar o conhecimento. Sua avaliação não será feita com base na capacidade de reproduzir os conceitos, mas de aplicá-los em situações reais.

Este é um dos principais aspectos que os defensores deste modelo destacam. Segundo eles, não é possível obter o mesmo resultado com a prática pedagógica tradicional.

Formação de indivíduos autônomos

À medida que a ABP desenvolve nos estudantes a capacidade de analisar dados e formular conceitos por conta própria, ela rompe os efeitos da passividade em todas as esferas de suas vidas.

Essa autonomia de pensamento tem uma grande influência não só na carreira do indivíduo, mas traz implicações sociais e políticas. Portanto, ele se torna apto a ser sujeito e agente de seu meio.

Desenvolvimento cognitivo avançado

A maior parte dos educadores já precisou lidar, em algum momento com a Taxonomia de Bloom. Embora existam outras opções, esta tabela mostra como o autor classificou os objetivos educacionais de acordo com sua complexidade.

O problema é que, muitas vezes, a abordagem tradicional exige que os alunos fiquem apenas nos primeiros níveis. Não é necessário utilizar funções cognitivas mais complexas, e eles não fazem mais que memorizar, reconhecer, identificar, ordenar e outras tarefas realmente muito simples para a mente humana.

A ABP, de forma contrária, exige que eles usem outras funções cognitivas. Ela envolve a aplicação de conhecimentos, manipulação de dados e variáveis, previsões, análises, elaboração e experimentação de hipóteses, entre outras possibilidades.

Portanto, segundo seus defensores ela promove um desenvolvimento cognitivo mais significativo. Ele tornaria o estudante apto a interpretar a realidade, prever consequências, propor soluções, executar ações e e usar o pensamento crítico para avaliar seu sucesso ou exequibilidade.

Aumento do senso de responsabilidade dos estudantes

Na ABP, o aluno não receberá as informações mastigadas. Ele também não terá como copiar as respostas de um livro ou da própria internet. Isso exige que ele desenvolva disciplina para estudar e aprender de forma autônoma.

Além disso, ao conhecer a realidade e as formas de atuar sobre ela, o estudante se torna mais responsável não só em relação ao seu próprio desempenho. Ele se torna consciente de seu papel na comunidade que o cerca e desenvolve o desejo de impactá-la positivamente.

Desenvolvimento da capacidade de trabalho em equipe

O trabalho realizado com os grupos tutores ensina o aluno a atuar em equipe. Ele desenvolve habilidades como empatia, análise e argumentação, se tornando capaz de cooperar de forma solidária, mas ainda assim de forma assertiva.

Quais são as desvantagens da aprendizagem baseada em problemas?

Como já afirmamos, o objetivo deste post não é defender uma ou outra abordagem. Entendemos que é importante que educadores conheçam diversas opções — inclusive essa — e consigam analisar a viabilidade de sua aplicação.

Por isso, diante das vantagens que já foram mencionadas, muitos podem se perguntar: por que, então, o modelo não é plenamente adotado em muitas escolas, inclusive em nosso país?

Para responder essa pergunta, precisamos tratar também de algumas desvantagens desta abordagem, e é isso que faremos neste tópico. Acompanhe.

Resistência dos alunos

Durante décadas, os alunos de grande parte das instituições de ensino aprenderam a receber passivamente as informações. Este modelo, que Paulo Freire denominou “educação bancária” em um tom de crítica, condicionou os estudantes a esta postura.

Condicionados a agir desta maneira, apenas recebendo informação, esses estudantes se mostram resistentes ao novo método. Quando colocados em uma situação que requer mais atividade cognitiva, as reações vão desde a rejeição à proposta até o fato de simplesmente não saberem o que fazer.

Resistência dos professores

Da parte dos educadores também existe uma certa relutância em relação ao método. Isso acontece em parte pelo receio em relação ao novo, ao fato de não conhecerem plenamente seu funcionamento e possíveis resultados.

Também não se pode negar que grande parte do grupo em atividade já está habituada ao ensino tradicional. Mudar exigiria todo um trabalho para elaborar problemas.

Para muitos deles, as condições das salas de aulas brasileiras também não favorecem o método. Não é incomum encontrar classes com um número de alunos realmente grande, o que dificulta a condução das discussões nos grupos tutoriais.

Necessidade de capacitação dos docentes

Além disso, a maior parte deles não se sente preparada para lidar com essa situação. É preciso ter a capacidade de dosar o desafio na medida certa, explorando de forma correta as zonas de desenvolvimento proximais (ZDPs) dos alunos.

Também é importante destacar que a mediação dos grupos precisa ser cercada de cuidados. Ao mesmo tempo que o professor precisa corrigir concepções equivocadas (ou criar situações para que os estudantes percebam o equívoco) e apontar caminhos, ele precisa se controlar para não prover uma resposta pronta.

Menos cobranças sobre os alunos

Sem os recursos didáticos normalmente utilizados e as avaliações tradicionais, muitas escolas reduzem a cobrança sobre os alunos. Sem uma compreensão exata da proposta (ou com a resistência a ela) eles podem estudar menos e terem a aprendizagem prejudicada.

Também é possível que os alunos recorram a fontes de pesquisa duvidosas, como sites na internet cuja veracidade de informações é questionável. Desta forma, a aprendizagem fica comprometida.

Se os problemas propostos não forem realmente novos e relevantes. Os estudantes podem apresentar trabalhos e respostas copiadas da internet. Por exemplo, para que esse problema não aconteça, os professores precisam priorizar temas atuais, que impedem que o aluno se baseie em material preexistente.

Questionamentos quanto à eficácia

Outro problema que os grupos contrários à implementação da ABP alegam é a queda no desempenho de alunos submetidos ao método em determinados exames oficiais.

No entanto, outras variáveis deveriam ser consideradas. Já que o problema pode não estar especificamente no método. Capacitação dos docentes para sua implementação, perfil da turma e outros fatores também podem ter impactos negativos no desempenho.

Com entusiastas e opositores, a Aprendizagem Baseada em Problemas ainda pode enfrentar um longo período de resistências e polêmicas. Portanto, não é possível prever neste momento se ela será aceita e se tornará o modelo prevalente nas instituições no futuro.

Por enquanto, o que educadores podem fazer é conhecer essas e outras possibilidades e debatê-las de forma apropriada. É importante que cada instituição analise os prós e contras de sua implementação, visando a melhoria do ensino, desenvolvimento pleno dos estudantes e seu papel na formação de uma sociedade melhor.

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