Já parou para pensar que os aspectos inclusivos de uma instituição de ensino refletem diretamente na qualidade de ensino que ela oferece? Pois é. Nesse quesito, é essencial oferecer uma educação inclusiva. Isso abrange diversos âmbitos: desde a adaptação do espaço físico até as abordagens em sala de aula e as avaliações, por exemplo.
Como assegura o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), toda criança tem direito à educação, inclusive aquelas portadoras de necessidades especiais. As escolas precisam se adaptar à isso.
Sobre a educação inclusiva nas escolas
Promover uma educação inclusiva vai muito além de matricular uma criança com necessidades especiais na escola. Há todo um trabalho conjunto por trás disso, que envolve a atuação dos professores, da família do aluno e, também, da comunidade onde se está inserido.
Neste artigo, vamos falar sobre a preparação da equipe escolar para promover uma educação inclusiva. Mais especificamente, sobre a preparação dos professores para lidar com isso. Afinal, uma educação inclusiva diz respeito, principalmente, ao ensino em sala de aula.
A formação dos docentes merece total atenção quando se trata de inclusão. Ainda existem alguns tabus e receios envolvidos, e muitos profissionais ficam inseguros com a possibilidade de receber uma criança com necessidades especiais em sua sala de aula.
Um dos fatores que contribuem para isso é a pouca habilidade e a falta de conhecimento sobre a situação. Felizmente, são coisas simples de resolver – e, muitas vezes, um treinamento ou palestra abordando o tema, melhoram consideravelmente o cenário.
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Os primeiros passos de uma educação inclusiva
Antes de tudo, é importante que os professores estejam dispostos a desenvolver competências e habilidades inclusivas, como domínio de ferramentas específicas, paciência, acolhimento, entre outros.
Lembre-se que existem diversos tipos e graus de deficiências físicas e intelectuais. Consequentemente, também existem formas diferentes de lidar com cada uma. Assim como é comum um único aluno ter mais de um tipo de deficiência.
Por isso, é preciso ter atenção com as necessidades que o aluno demonstra, e não apenas focar na limitação específica que ele possui. Isso faz toda diferença na preparação do docente para integrar os alunos especiais ao cotidiano escolar.
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Considerando esses aspectos, conseguimos identificar o pontapé inicial: conhecer bem a criança. Ou seja, uma boa conversa com os pais ou responsáveis vai deixar o professor por dentro da história do aluno: onde nasceu, como é o seu dia a dia em família, de que forma ele vem desenvolvendo questões físicas e mentais, como foi as experiências educacionais anteriores, entre outros.
Qualquer pergunta sobre a(s) necessidade(s) da criança, seu convívio e sobre outras tentativas de inclusão social são muito relevantes.
Outro ponto importante é que o profissional também deve buscar identificar as expectativas da família em relação ao aproveitamento escolar da criança. Assim como apresentar o que a escola pode oferecer àquele aluno.
O professor precisa entender que o envolvimento dos pais é de extrema importância no processo de inclusão. E, para isso acontecer, é necessário cultivar um bom relacionamento com a família, mantendo uma comunicação direta e estimulando vários tipos de participação dos responsáveis na vida escolar do filho especial, seja em reuniões ou nas tarefas de casa, por exemplo.
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Educação continuada
Existem diversos cursos de capacitação no mercado brasileiro. Mas não pense que só receber uma certificação resolve o problema. É importante que o treinamento do profissional seja constante e permanente.
Afinal, todos os dias, ao chegar na escola, o professor é desafiado a buscar soluções para as dificuldades que seus alunos apresentam. Além disso, os programas de capacitação devem ultrapassar o aspecto informativo sobre as deficiências. Ou seja, também tem o papel de fomentar o pensamento crítico sobre o que acontece no dia a dia dentro da sala de aula.
Por outro lado, o professor não pode estar sozinho nessa. Como já pontuamos, é extremamente importante que as escolas promovam iniciativas para uma educação inclusiva. Por exemplo, reuniões semanais para que os docentes que tenham alunos com deficiência possam sanar dúvidas, compartilhar vivências e encontrar as soluções que precisam.
Com o empenho de todos os envolvidos no processo, é possível promover uma educação inclusiva para os portadores de necessidades especiais – e para todos que convivem com eles também.
Por fim, gostaríamos de saber: sua escola adota alguma prática bacana para o treinamento dos professores que trabalham com alunos portadores de necessidades especiais? Conta pra gente nos comentários!
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